Viver de música não é fácil, principalmente para as mulheres. Dividir
a agenda de shows, o papel de mãe e empresária são desafios enfrentados
por cantoras de forró no cotidiano. Em mais uma coluna dedicada ao Dia Internacional da Mulher, conversamos com algumas vocalistas sobre a presença feminina no gênero musical.
O som da sanfona, zabumba e triângulo por si só já encanta, mas acompanhado de um voz feminina, ganha outra dimensão. Ainda assim, conquistar espaço nos palcos foi desafiador. Para nomes como Bete Nascimento, Eliane, Solange Almeida e Kátia Cilene a luta é diária.
Aos 44 anos, com quase 30 de carreira, Kátia Cilene começou a trabalhar com música aos 16. Passou, inclusive, por situações de assédio no começo. “Houve mulheres com ciúmes da minha presença nos palcos, resolvido de forma breve. Nos anos 1990, a mulher no palco era ainda mais assediada”, relembra.
No início da carreira, ela comenta que, mesmo com o público gritando por ela, cantava poucas canções. “A gente não tinha muito espaço. A voz masculina era muito taxativa, principalmente, no Ceará. A cultura era muito forte. Não tínhamos muito espaço. Em alguns eventos, de uma apresentação inteira, eu cantava três musicas. Não foi um período legal, mas isso foi ultrapassado”.
Maternidade
Kátia Cilene criou o filho único em plena ascensão da banda Mastruz com Leite. Na época, aos 23 anos, chegou a pensar em renunciar à música. “Cogitei parar por causa dele. É um amor inexplicável. Só quem é mãe sabe dizer”.
Durante a primeira infância, o pequeno André Luiz chegou a viajar com a banda. “A Mastruz viajava de ônibus. Ficava mais um dia em casa e seguia de avião para passar mais tempo com ele. Foi difícil”.
Apesar da rotina longe da mãe por conta dos shows, André Luiz, aos 23 anos, é hoje estudante de medicina. “Mesmo com o pouco tempo em casa, procurei ter qualidade no meu tempo com ele. Acredito que isso foi muito importante pra base educativa”, avalia a cantora.
Mãe, cantora e empresária
Bete Nascimento, ex-vocalista da banda Mastruz com Leite, gerencia agenda de shows, cuida da casa, estúdio e de dois filhos. Para ela, a maternidade foi planejada depois do “boom” da carreira musical no forró.
“Eu era muito nova, não tinha planos de ser mãe naquela época. Quando eu saí da banda, queria viver a minha carreira, viver bem. Pensava que quando tivesse filhos iria me aquietar. Já era uma decisão minha. Não tinha encontrado, até o nascimento da minha primeira filha, a pessoa para dividir comigo essa alegria”, explica a cantora.
Na música, ela encontrou o parceiro ideal para conciliar amor e trabalho. “Pouco tempo antes da minha saída da Mastruz, conheci Amedício. Foi aí que a maternidade aflorou. Depois que tive filhos, dei mais uma parada na minha carreira. Hoje, canto bem menos. Tem mês que nem trabalho. A minha faculdade de jornalismo tranquei por causa da Sofia. Quando deixei a Mastruz, decidi que iria focar mais na minha família do que na minha produção musical”.
O dia a dia de Bete Nascimento começa cedo. Mamadeiras e a lição da escola da filha mais velha estão entre as atividades.
Os ensaios musicais também estão no cronograma semanal da forrozeira. O ganha-pão, a voz, precisa estar sempre em dia. Os ensaios balizam o repertório de cada show.
“Se for preciso deixar a música pra cuidar deles, eu deixo. Já vivi muito isso. Trabalhei muito. Viajei muito. Realmente, posso dizer que sou uma pessoa muita realizada no que fiz profissionalmente. Até onde eu fui, me sinto realizada e tenho mais sonhos a realizar sendo mulher”, conclui Bete Nascimento.
FONTE:http://blogs.diariodonordeste.com.br
O som da sanfona, zabumba e triângulo por si só já encanta, mas acompanhado de um voz feminina, ganha outra dimensão. Ainda assim, conquistar espaço nos palcos foi desafiador. Para nomes como Bete Nascimento, Eliane, Solange Almeida e Kátia Cilene a luta é diária.
Aos 44 anos, com quase 30 de carreira, Kátia Cilene começou a trabalhar com música aos 16. Passou, inclusive, por situações de assédio no começo. “Houve mulheres com ciúmes da minha presença nos palcos, resolvido de forma breve. Nos anos 1990, a mulher no palco era ainda mais assediada”, relembra.
No início da carreira, ela comenta que, mesmo com o público gritando por ela, cantava poucas canções. “A gente não tinha muito espaço. A voz masculina era muito taxativa, principalmente, no Ceará. A cultura era muito forte. Não tínhamos muito espaço. Em alguns eventos, de uma apresentação inteira, eu cantava três musicas. Não foi um período legal, mas isso foi ultrapassado”.
Maternidade
Kátia Cilene criou o filho único em plena ascensão da banda Mastruz com Leite. Na época, aos 23 anos, chegou a pensar em renunciar à música. “Cogitei parar por causa dele. É um amor inexplicável. Só quem é mãe sabe dizer”.
Durante a primeira infância, o pequeno André Luiz chegou a viajar com a banda. “A Mastruz viajava de ônibus. Ficava mais um dia em casa e seguia de avião para passar mais tempo com ele. Foi difícil”.
Apesar da rotina longe da mãe por conta dos shows, André Luiz, aos 23 anos, é hoje estudante de medicina. “Mesmo com o pouco tempo em casa, procurei ter qualidade no meu tempo com ele. Acredito que isso foi muito importante pra base educativa”, avalia a cantora.
Mãe, cantora e empresária
Bete Nascimento, ex-vocalista da banda Mastruz com Leite, gerencia agenda de shows, cuida da casa, estúdio e de dois filhos. Para ela, a maternidade foi planejada depois do “boom” da carreira musical no forró.
“Eu era muito nova, não tinha planos de ser mãe naquela época. Quando eu saí da banda, queria viver a minha carreira, viver bem. Pensava que quando tivesse filhos iria me aquietar. Já era uma decisão minha. Não tinha encontrado, até o nascimento da minha primeira filha, a pessoa para dividir comigo essa alegria”, explica a cantora.
Na música, ela encontrou o parceiro ideal para conciliar amor e trabalho. “Pouco tempo antes da minha saída da Mastruz, conheci Amedício. Foi aí que a maternidade aflorou. Depois que tive filhos, dei mais uma parada na minha carreira. Hoje, canto bem menos. Tem mês que nem trabalho. A minha faculdade de jornalismo tranquei por causa da Sofia. Quando deixei a Mastruz, decidi que iria focar mais na minha família do que na minha produção musical”.
O dia a dia de Bete Nascimento começa cedo. Mamadeiras e a lição da escola da filha mais velha estão entre as atividades.
Os ensaios musicais também estão no cronograma semanal da forrozeira. O ganha-pão, a voz, precisa estar sempre em dia. Os ensaios balizam o repertório de cada show.
“Se for preciso deixar a música pra cuidar deles, eu deixo. Já vivi muito isso. Trabalhei muito. Viajei muito. Realmente, posso dizer que sou uma pessoa muita realizada no que fiz profissionalmente. Até onde eu fui, me sinto realizada e tenho mais sonhos a realizar sendo mulher”, conclui Bete Nascimento.
FONTE:http://blogs.diariodonordeste.com.br
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